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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Mudanças

Dentre as mudanças que obrigatoriamente acontecem na vida de um lesionado medular, sem dúvidas uma das mais complexas, tanto para reabilitar como para a adaptação, é a função excretora (em destaque no caso o tetraplégico).
O aparelho urinário, como toda a cintura pélvica, não recebem ordens do cérebro  devido o rompimento dos nervos espinhais por onde é feito a  transmissão. Isso faz com que  a bexiga  contraia o tempo todo causando perda da  urina e um enorme desconforto. Nesse caso o paciente obrigatoriamente necessita utilizar uma sonda direta da bexiga à um coletor externo. O que esteticamente é deprimente além de se tornar canal aberto à infecções urinarias. Mesmo sendo substituídas semanalmente.
Com a reabilitação o paciente se reeuduca mudando radicalmente seus hábitos. No Sarah kubitschek com a realização de vários exames, é mensurado a capacidade de armazenamento da bexiga e o treinamento para excretar a urina, além de testes com medicamentos que visam inibir as contrações da bexiga, evitando a perda urinária. 
Feito isso, vem o aprendizado para excreção através da sonda de alívio (cateterismo). O primeiro sinal para se saber quando fazer o esvaziamento se dá pela sensação de desconforto. Começa com arrepios e em seguida a alteração da pressão arterial. Caso não seja obedecido tais sinais de alarme, corre-se o risco de  voltar as perdas ou  a necrose dos rins.
São vários os cuidados para a realização da sonda de alívio. Primeiramente a lavagem das mãos e o isolamento do registro da torneira com guardanapos ou outro papel esterilizado. A higienização do orifício (entrada uretra) pode ser feito com gaze,  agua boricada ou agua limpa e sabão neutro. Feito isso, novamente lava-se as mãos, injeta um gel a base de xilocaína na uretra para facilitar a entrada da sonda e por fim a introdução da sonda. Caso não haja água, pode-se utilizar álcool gel para a lavagem das mãos.
Esse procedimento é feito cinco vezes ao dia. Ou seja: durante o dia a cada quatro horas e a noite a cada seis horas. 
Pode até parecer incômodo, E as vezes é, porém,  a qualidade de vida não tem preço, pois além da estética e da higiene, evita a formação de cálculos na bexiga que abrigará colônias de bactérias. Com o tempo esse ritual  passa ser habitual. 
Todo paraplégico leva na mochila o chamado kit-cat: uma toalha dobrada contendo no seu interior: um pacote de gaze esterilizada, um tubo de gel, sacos próprios para descartes, sondas, agua boricada, álcool gel e guardanapos.
Quanto a excreção do intestino, resume em uma alimentação balanceada rica em fibras e a reeducação habitual. No entanto é mais simples que a primeira.
 Deus nos fez perfeitos. Prova disso é a capacidade de adaptação para sobrevivência no cotidiano.
Glórias a ele por sua grandeza!!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

UM ANO DE LUTA

Quando sofremos uma perda,  por mais que os resultados estejam a nossa frente e comprovam que uma nova direção terá que ser tomada, ainda assim, esperamos acordar no dia seguinte e ter de volta o que nos foi tirado.
Não é diferente quando se trata de perda com limitações físicas. A cada manhã nossas esperanças se renovam e temos a certeza que se hoje não veio, amanhã com certeza acontecerá.
A psicologia das emergencias aborda os efeitos relacionados ao trauma e explica que todos os grupos sociais aos quais fazemos parte também sofrem danos irreparáveis quando nos acontece um advento. Segundo algumas pesquisas e depoimentos de pessoas que sofreram tais danos, a classificação se dá na seguinte ordem: primeiramente a vitima seguida da família, pessoas pessoas que preseciaram  o fato seguido dos profissionais de segurança ou saúde que prestaram o socorro.
Assim como o traumatizado, pessoas a sua volta também tem pressa. Algumas delas, a cada reencontro querem resultados visíveis. Outras mais cautelosas, encorajam e comemoram os avanços, por mínimos que pareçam. Minha mãe durante os primeiros oito meses, sempre que me visitava pegava no dedo mínimo do meu pé e perguntava se já sentia o toque.
Há também os chamados "dias maus" que dificultam ainda mais. Por mais seguro que estejamos e temos apoio de família e amigos, somos tomados por uma ansiedade e parece que um turbilhão fisiológico surge em nosso íntimo, tornando as coisas ainda mais difíceis. A fé, esperança e força     vontade desabam. Em seguida sentimos os efeitos colaterais: A chamada síndrome  imune-depressiva faz com o sistema de defesa do organismo baixe perante tais reações nos deixando vulneráveis a doenças como gripe, infecções urinárias, gastrites entre outras.
Outro grande problema são as comparações. Pessoas ignorantes ao assunto, sem fé e ainda por cima indiscretas, desconhecem algumas leis físicas e espirituais e querem que tenhamos reações e ações semelhantes a casos indivíduos que acompanharam ou simplesmente ouviram falar. E muitas vezes nos desanimam ao ponto de não mais ter-mos certeza do tão esperado progresso.
No meu caso, quando completou um ano de lesão, foi como que estivesse dormindo um profundo sono e que só agora tivesse um insight... a caminhada está apenas começando. Não posso retroceder.
Estou fortalecido. Meus verdadeiros amigos e minha família venceram esta etapa comigo. Não me abandonaram, ao contrário, estão mais próximos que antes. Minha fé voltou a crescer e com ela a segurança. 
Começa então uma nova etapa que é a da consciencia. Sei que preciso fazer algo pelas pessoas. Não posso ficar inerte, pois tenho muito à doar.


"Porque ainda um pouquinho de tempo. E o que tiver que vir, virá, e não tardará.
O justo viverá da fé. E se retroceder, A minha alma não tem prazer nele"diz o Senhor.(Hebreus 10: 37-38)...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vida Normal


Você tem um  amigo portador de necessidades especiais ou, deficiente físico (como queira)?

Você conhece a vida cotidiana do seu amigo?
O que tenho certeza (tendo como referencia minha visão  anterior sobre o grupo, o qual hoje faço parte), é que somos tão limitados, que não procuramos saber de "suas" vidas. Talvez  isso ocorra por receio só em imaginar que seja dificil conviver com uma limitação.
Tenho um grande amigo portador de paraplegia e, durante dois anos nos encontrava-mos no local de trabalho pelo menos três vezes na semana. No entanto, nunca tive coragem ou ousadia de perguntar sobre sua vida. 
Quisera ter aproveitado tais ocasiões para conhece-lo, com certeza teria aprendido muito.
Para que voce possa interagir e conhecer esse universo, relato histórias reais  como essa a seguir:
Esta moça da foto é "Rubí". Há seis anos uma bactéria       alojou em sua medula  deixando-a paraplégica. Ela era casada e tinha uma filha. Porém, mediante ao ocorrido, seu relacionamento chegou ao fim, e Rubí teve que educar sua filha sozinha.
Como era determinada, dinamica, extrovertida e bem resolvida, não se deixou abater e prosseguiu sua vida cotidiana.
Era muito questionada por levar uma vida normal. Passeava, se divertia e principalmente gostava de namorar.
Certo dia, cansada de ser confrontada pela maneira a qual vivia, resolveu provar para os  incomodados que era sim uma mulher normal, embora estivesse na cadeira de rodas. Foi quando teve uma conversa com os pais e decidiu que iria engravidar novamente. Os pais, mediante a convicção da filha, não exitaram em apoia-la.
Como resultado, hoje tem sua segunda filha, linda e tão saudável quanto a primogênita.
Rubí cuida da casa e das filhas, viaja sozinha e não se sente coitadinha em hipótese alguma.
Histórias como a de Rubiene nos encoraja a não abrir mão de ter uma vida normal. Combatendo primeiramente o próprio preconceito e com isso deixar fluir a vida. Mostrar para o mundo que uma limitação não é obstaculo para prosseguir.
Parabens por sua coragem e prazer de viver Rubí.
Obrigado pelo exemplo e lição de vida.
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sábado, 20 de novembro de 2010

PARABENS!!!!

Hoje é dia 20 de novembro....
Parabéns....para quem???  para mim???...Não!... Parabéns pra vocês que são meus familiares, amigos e irmãos....
Parabéns por chorarem por mim, comigo e longe de mim...
Parabéns por entenderem minhas lágrimas...minha dor....minha falta de lágrimas e ausência de dor...
Há exatamente um ano, a essas horas, não tinha idéia do que aconteceria na tarde daquele dia...não fazia idéia da dor, do desespero e do tamanho da luta que travaria em busca de meus passos.
Era só o começo de uma nova vida. Vida de oportunidades....Oportunidade de encontrar paz em meio a tempestades.
Oportunidade de compreender a dificuldade do próximo e lembrar que mesmo em meio a limitação, não estou tão limitado como tantas pessoas que conheci, fora as muitas que não tenho noção de como exatamente vivem.
Estou feliz! Mesmo sem poder voltar no tempo e correr para um abrigo e não me levantar enquanto não passasse o dia mau...Até porque DEUS escreveu essa página no livro da  minha vida como ELE bem quis...Isso, simplesmente porque minha vida a ELE pertence...
Estou com vontade de chorar, gritar e sorrir....Talvez eu só agradeça-O por esse dia e pela oportunidade...Oportunidade ESSA de glorificá-lo em meio a tempestade, pelas vitórias já conquistadas, pelas que virão e, principalmente pela sua amizade, carinho, abraço e orações...

OBRIGADO!!!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Equilíbrio

A palavra de Deus, precisamente em Gálatas 5: 22-23(Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio), reporta aos nove dons do Espírito Santo. Gostaria de enfatizar o nono citado por se tratar do que mais tem sido crucial nesse período pós acidente.
Desde os primeiros dias, quando ainda no hospital,  já percebi a necessidade de buscar       equilíbrio, pela consciencia da gravidade do ocorrido. 
Anterior ao acidente eu cursava um mestrado em psicanálise clinica (interrompido por falta de condições de freqüentar as aulas), e também  praticando minha fé (buscando santidade, por crer em Deus e na bíblia). Tais praticas me levavam à ouvir e ajudar pessoas que sozinhas não encontravam soluções, enquanto que pelo conhecimento adquirido, me capacitava  à tal prática. Porém, necessariamente eu precisava sempre buscar equilíbrio e cura  da alma. Até mesmo pelo prazer e  bem-estar que isso me proporciona.
Daí por diante passei a ser abordado por colegas de trabalho, irmãos em cristo ou mesmo por pessoas conhecidas, sobre como tenho me comportado mediante a situação de limitação, sem deixar ser tomado por tristeza ou depressão. Também ouvi relatos de casos de pessoas que antes eramos tão próximos e que agora se afastaram por não saberem como abordar-me no momento. Algumas chegam em minha casa desconcertadas, sem argumentos em relação ao meu estado, mas, depois de uma boa conversa, algumas gargalhadas e mesmo uma oração, reformulam seus conceitos sobre vida em uma cadeira de rodas. No entanto percebo que sou um privilegiado. Primeiramente ter Deus em minha vida e pelas intercessões de milhares de pessoas, onde destaco minha  e igreja que sem sombras de dúvidas são as melhores do universo. Conscientemente sei que tal resultado seria impossível  sem esse conjunto tão maravilhoso que é a fé e ciencia.  O conhecimento nos foi dado como ferramenta para encontrarmos o equilibrio (Dominio próprio) e compartilhar com outras pessoas, cooperando com o bem-estar destas dessas. 
Me reporto novamente à palavra de Deus em Gálatas 5:12-(Amarás o teu próximo como a ti mesmo), e compreendo que tenho várias missões a cumprir enquanto estou na cadeira de rodas, as quais ainda não descobri.
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       Balance
The word of God, precisely in Galatians 5: 22-23 (But the fruit of the Spirit is love, joy, peace, patience, kindness, goodness, faithfulness, gentleness and self-control), refers to the nine gifts of the Holy Spirit. I want to emphasize the ninth cited because it is the one that has been crucial in the post accident.
Since the early days, still in the hospital, we realized the need to seek balance, the awareness of the seriousness of the situation.
Previous to the accident I was studying a masters degree in clinical psychoanalysis (discontinued for lack of conditions to attend school), and also practicing my faith (seeking holiness by believing in God and the bible). Such practices led me to listen and help people who could not find solutions by themselves, whereas the acquired knowledge, enable me to such a practice. But I needed to necessarily always seek balance and healing of the soul. Even for the pleasure and well-being that it gives me.
From then on I started to be approached by colleagues, brothers in Christ or even acquaintances, about how I have behaved according to the situation of limitation, while being taken by sadness or depression. I also heard reports of people who once were so close and now have turned away not knowing how to approach me at the moment. Some arrive at my house staggered, no arguments about my state, but after a good conversation, some laughs and even a prayer, revising his concepts about life in a wheelchair. However I realize that I am privileged. First have God in my life and through the intercession of thousands of people, where I highlight my church and that without a doubt are the best in the universe. Consciously know that such a result would be impossible without this set so wonderful that it is faith and science.The knowledge was given as a tool to find the equilibrium (Dominio own) and share with others, cooperating with the welfare of these of these.
I refer again to God's word in Galatians 5:12 - (Love your neighbor as yourself), and understand that I have many missions to accomplish while I'm in a wheelchair, which have not yet discovered.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vida de paraplégico e algumas particularidades

Nossa educação foi direcionada para uma vida perfeita, pautada em valores morais, pessoais e hábitos,  religiosos e tradicionais, onde aprendemos que só o que é correto, deve ser praticado. Porém, esqueceram de nos ensinar que nem sempre o que é certo pra mim, por ser confortável, seria a verdade absoluta ou   aceito pelos outros.
Também, nao foi ensinado que algumas circunstancias adversas poderiam mudar toda a trajetória de uma vida em contruçao, e que a adaptaçao seria tao complexa.
As pessoas se preocupam com detalhes tao pequenos e nao se dao conta de coisas grandiosas que estao visiveis e deveriam ser observadas e valorizadas.
A pergunta mais frequente depois do acidente é se voltarei a andar, seguida por, se a funçao sexual foi preservada. Isso mostra qual o quesito básico para uma relaçao, seja ela afetiva ou nao.
O paraplégico nescessita  conviver com várias limitacoes; O sistema digestivo é lento devido a posicao do corpo .A circulacao sanguinea também é lenta pela ausencia de exercicios dos membros inferiores, onde a panturrilha funciona como uma segunda "bomba" do corpo,  auxiliando o coracao em seu trabalho  no retorno venoso.
Consequentemente, surgem os problemas com as funçoes sexuais. A ausencia da sensibilidade superficial causa dificuldades na ereçao. Em alguns casos nao se tem ereçao psicogenica, mas a reflexa  pode ter sido preservada. Além disso existem varios estimulantes que garantem uma vida sexual ativa e saudável.
Em minha estada no sarah, conheci incriveis histórias de casais que se conheceram depois de uma lesao medular. Hoje tem filhos e levam uma vida feliz com muito amor e respeito.
Claro que nesse caso só constroem, ou continuam em um relacionemento, pessoas que verdadeiramente se amam. É nescessario que temha uma alma sarada, resolvida e sem preconceitos, principalmente por parte do lesionado.
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Life of paraplegic and some particular


Our education was directed to a perfect life, based on moral values, and personal habits, religious and traditional, where we learned that only what is right, should be practiced. However, they forgot to teach us that sometimes what is right for me, being comfortable, it would be the absolute truth or accepted by others.Also, was not taught that some adverse circumstances could change the entire trajectory of a life in construction, and that the adaptation would be so complex.People worry about details as small and do not realize the great things that are visible and should be seen and valued.The most common question then is whether the accident will walk again by then, if the sexual function was preserved. This shows how the basic item for a relationship, whether emotional or not.The paraplegic Its needs to live with many limitations; The digestive system is slow because the position of the body. The blood circulation is also slow by the absence of lower limb exercises, where the calf muscle acts as a second "bomb" in the body, assisting the heart in his work on venous return.Consequently, there are problems with sexual functions. The absence of superficial sensitivity causes difficulty with erection. In some cases it has not psychogenic erection, but the reflex may have been preserved. In addition there are several stimulants that ensure a healthy and active sex life.In my time at Sarah, I met incredible stories of couples who met after a spinal cord injury. Today we have children and lead a happy life with much love and respect.Surely that only build, or continue in a relacionemento, people who truly love each other. You need to have a soul healed, resolved and without bias, particularly by the victim.

domingo, 24 de outubro de 2010

Inclusão Social

Hoje  é comum ouvir falar em inclusão social, embora a realidade seja outra, por muito   falar e pouco ser feito em ações concretas.
 O portador de nescessidades especiais (termo utilizado por educadores, e tem como objetivo abrandar o impacto dos termos como; aleijado, paralitico, dficiente e etc...), enfrenta dificuldades em seu novo contexto de vida. Desde a adaptação a vida social, mediante ao preconceito, ao descaso das autoridades administrativas, que, mesmo havendo leis que os obrigam a adaptar ruas, calçadas, meio de transportes entre outros locais publicos, aos projetos que  objetivam melhorar a qualidade de vida.
 Mesmo com campanhas de conscientização veiculando diariamente, ainda falta muito para oferecer  boa qualidade de vida. Exemplo disso, é só dar um passeio pelo centro de São Luis, cidade privilegiada com uma unidade do sarah kubistchek. Motivo pelo deveria ser modelo de inclusão, para se decepcionar com a falta de respeito, não só ao portador de necessidade especial, como ao pedestre de modo geral. 
Sou policial militar ha 17 anos e sempre presenciei companheiros em situaçõs de limitações, onde foram imediatamente reformados (aposentados). Isso porque as leis que regem as policias, sao leis especificas previstas na constituição brasileira.
Quando sofri a lesão medular e soube que estava paraplegico, talvez o que mais de meixou confuso, foi a ideia de ter que me aposentar por não ter certeza de quanto tempo levaria para voltar andar.
Graças a Deus, por trabalhar em grupo seleto e ser bem quisto no grupo, facilitou a repercussão do caso e fui poupado dessa pressão. Aos poucos fui compreedendo que mesmo com uma limitação eu poderia lutar para voltar trabalhar embora obrigatoriamente teria que ser numa sessão administrativa, mas fui encorajado por meus amigos e pelos profissionis do sarah kubistchek à lutar pela mudança da lei de promoçoes, onde eu não só voltasse a trabalhar, mas também tivesse direitos às  promoçoes como antes da lesão.
Ainda ser saber o que estava sendo feito em prol da legislação, cogitou a idéia de me aposentar com um salário integral e, posteriormente voltar ao trabalho como prestação de serviços. No entanto fui informado por um superior hierárquico e amigo, que um projeto de trabalho de conclusão de curso de um aluno oficial PM, estava em andamento e priorizava minha causa. Alem de ter a orientação e apoio do chefe do gabinete do governador. Mediante a isso, optei pelo retorno ao trabalho, acreditando que tal projeto será transformado em lei e continuarei o que amo e tenho feito ha 17 anos que é ser policial militar.
Espero que exemplo como esse seja seguido não apenas pelas  policias militares, mas também por outros segmentos da administração pública.
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Social Inclusion


Today it is common to hear in social inclusion, although the reality is another, for much talk and little is done in concrete actions. The bearer of special nescessidade (term used by educators, and aims to mitigate the impact of terms like, lame, paralytic, etc. ...), and dficiente faces difficulties in his new life context. Since its adaptation to social life, through prejudice, to the neglect of the administrative authorities, that, even with laws that require them to adapt streets, sidewalks, among other means of transport public places, to projects that aim to improve the quality of life. Even with awareness campaigns airing daily, there is still much to offer good quality of life. Example, just take a stroll through downtown St. Louis, a city blessed with a unit of Sarah Kubitschek. Reason should be a model of inclusion, to be disappointed at the lack of respect not only to people with special needs, such as when hiking in general. I'm a police officer there 17 years and always witnessed comrades in situations of limitations, where they were immediately pensioners (retirees). This is because the laws governing the police, are specific laws laid down by the Brazilian constitution.When I suffered a spinal cord injury and knew he was paralyzed, perhaps the most confusing of Meixia was the idea of having to retire for not sure how long it would take to return andar.Graças God for working in groups and being selected well liked in the group, facilitated the impact of the case and was spared such pressure. Gradually I immediately understand that even with a limitation I could fight back to work though necessarily have to be an administrative session, but was encouraged by my friends and by professionals from the Sarah Kubitschek to fight to change the law of promotions, where I not only returned to work, but also had rights to promotions as before lesão.Ainda be knowing what was being done about the law, he considered the idea of retiring with a full salary and then get back to work as a service. However I was told by a supervisor and friend, a work project completion for a student officer PM, was ongoing and prioritized my question.Besides having the guidance and support of the head of the governor's office. By this I chose to return to work, believing that this project will be signed into law and continue what I love and have done 17 years that there is to be military police. I hope that as this example will be followed not only by military police, but also by other parts of government.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Nível da lesão medular e seu grau de comprometimento


O nível e a altura da lesão medular será determinante no grau de limitação no indivíduo. Quanto mais alto for a lesão, maior será o comprometimento dos movimento na pessoas. Podendo ser esta, completa ou incompleta.
Na completa ocorre a perda total da transmissão das informações do sistema nervoso central, localizadas no cérebro com destino aos membros. Na incompleta fica preservada alguma parte desse caminho.
É bom que fique claro que nem sempre uma fratura na coluna vai significar prejuizos dos movimentos. Pode ser que ocorra uma fratura em alguma parte externa da vértebra, porém essa não rompa a bainha de mielina, que é por onde passa a medula ou cause o choque medular (Choque medular ocorre quando o impacto no acidente rompe as miofibrilas ("feixes" nervosos que passam por dentro da medula)).
A contagem das vértebras se dá de cima para baixo como ilustra a figura. São 25 vértebras no total, podendo variar em alguns raros indivíduos que possuem uma vértebra lombar a mais que os outros.
Quando a lesão ocorre na região cervical (tetraplégico), dependendo da vértebra atingida poderá limitar até mesmo o movimento da cabeça, mas na maioria dos casos ficam comprometidos os movimentos dos ombros para baixo. Entretanto, um grande percentual desses, progridem significativamente e passam ser classificados como paraplégicos. Exemplo desse progresso, temos a Fran.
Sendo tal bloqueio na região toráxica, ficam preservados os mivimentos da cintura escapular e comprometido os da região pélvica e o equilibrio do tronco.
Por ultimo, a lesão na região lombar, se na altura até L2, ficam preservados os quadríceps, e comprometido, as pernas e pés. além da sensibilidade da região pélvica como os aparelhos do sistema excretor.
Em todos estes casos, mesmo sendo lesão completa, o ultimo tem chances de caminhar simplesmente com o auxilio de bengalas. Na maioria das vezes, o diagnostico medico é abaixo do pontecial real do indivíduo. Evitando com isso, criar expectativas possiveis de fracasso, "eu creio". Sempre veremos portadores de lesão medular superando a expectativa prevista pela ciencia.
O portador de lesão com comprometimento da região pélvica, perde a seja tetra ou paraplégico, perde a sensibilidade, dificultando as sensações de nescessidades fisiológicas. Por falta de tal semsibilidade, torna-se nescessario a reabilitação. Treinamento que condiciona-o a observar as mudanças em seu corpo, como irritação, inquietação ou mesmo o aumento da pressão arterial.
Na reabilitação, aprende-se maior controle de tais situações, como por exemplo reeducação alimentar para maior controle do intestino ; a substituição da sonda fixa ou permanente pela sonda de alívio (Cateterismo) método artificial para excreção urinaria) e, alternancia de decúbito (quando deitado) ou elevação do corpo para prevenir úlcera de pressão.
 A seguir, veremos exemplos de pessoas que foram totalmente desenganadas pela medicina e hoje se superam a cada dia.
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Historias Especiais


Francineide, fran, Neide ou Cineide. Assim é conhecida esta linda garota.
Aos 16 anos, como afirma, tinha uma vida "natural" como qualquer adolescente nessa idade, quando em um acidente de transito sofreu uma fratura na coluna cervical, com lesão medular, ficando então tetraplegica. Cineide conta que foi muito dificil devido ao nivel da lesão ser muito alto, eram muitas as suas limitações.
A união da familia foi fundamental em sua reabilitação. Após 10 anos, Cineide já não é mais considerada tetra. Seu progresso se dá pela maneira que encara a vida. Acredita que vai andar e tem como garantias os progressos adquiridos. É uma garota descontraída, e, a força de vontade, determinação, alegria e sociabilidade são suas qualidades destacaveis.
Muito respeitada tanto pelos profissionais do sarah, quanto por seus amigos, ela contagia todos ao seu redor. Faz parte dos movimentos da associção dos portadores de nescessidade especiais de sua cidade, frequenta praias, shoppings, festas e é a referencia da familia.
Fran, sem dúvidas é um exemplo de superação.
Sua frase: "Se não houvesse esperanças, não estariamos lutando"
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Mudança de Hábitos

O ser humano é moldado e condicionado tanto na educação formal como na informal para uma vida de vitorias, conquistas e sucesso.
     Quando criança, ja se depara com a sensação de fracaso, quando  levado à escola e lá, pela primeira vez  entende que foi abandonado por sua maior proterora, a mãe.
Estas cenas e sensações se repetirão na primeira  conquista e perda amorosa; nas competiçoes  incetivado à participar encorajado como sendo o melhor e tendo como resultado derrota; e, sucessivamente ao longo de toda a vida, o indivíduo coleciona inumeras perdas.
      O conflito gera traumas e deixa marcas profundas na alma, no entanto, desenvolve-se mecanismos de defesa para condicionar tais sensações de fracasso e sobressair, acreditando de alguma forma ser reconhecido, por ser este um dos maiores desejos intimos de todo ser humano natural, para elevação da autoestima. Neste caso a derrota do outro é assimilida pela psiquê, não como sendo  por acaso, e sim que a vitória é mérito seu.
Porém, os desejos, autoconfiança e a falta de reflexão, na maioria das vezes o faz sentir superior e insensivel a limitação alheia e tornando-a  invisel.
      Um exemplo claro é nossa visão ou relação com a realidade de um portador de nescessidade especial. 
Sempre tive amigos com tal especialidade, porém me limitei a uma relação superficial por não  ou interessar pelos detalhes.
    Quando sofri o acidente e conscientizei-me da gravidade do ocorrido, percebi que perdi grandes oportunidades de conhecer tal realidade, quando antes conviví com alguém na mesma situação.
Quando ocorre o incidente, aparecem dezenas de casos, onde se espera que seja semelhante aos mais simples.
      Na primeira semana, um companheiro de enfermaria, alertou para os primeiros 12 dias. Pois foi nesse periodo que conseguiu mexer os dedos dos pés. Passado a data esperada  nada aconteceu. Assim, se passaram 45 e 75 dias, 3, 6 e 10 meses.
     Hoje, ainda espero o fim do choque medular. Choque este causado pelo impacto do corpo no chão, ou em outros casos como colisão de veiculos, perfuração de projeteis de arma de fogo que atinge a coluna e não chega perfurar a medula, mas a alta temperatura do mesmo, pode causar paralização do seu funcionamento.
     Os médicos não  tem uma previsão real do tempo para o fim desse choque. Cada caso tem reações diferentes, segundo o nivel da lesão entre outros fatores.
    Em suma, se eu tivesse aproveitado o convívio que outrora tive com um paraplégico, teria me reabilitado mais rápido e preservado minha saúde.  




Objetivo
Alcançar os 992 amigos virtuais, transmitindo informações sobre esse advento para juntos construirmos um amanhã sem diferenças, que na maioria das vezes existem por falta de informação ou até mesmo pornossa  falta de atenção.




Claudair Saar

Sem explicação...!

Era  tarde de sexta feira, tudo parecia normal até as 16h,  a ultima vez que olhei para o relógio. Eu estava sentado no telhado da minha casa concluindo a cobertura da  área frontal. Apressado pregava uma peça de madeira, pois já estava atrasado para o serviço extra, quando em uma fração de segundo a peça à ser pregada escorregou e caiu, como estava com os pés apoiado sobre esta, meu corpo desequilibrou e desceu junto.
Imediatamente, me ví deitado lateralmente no chão e quando quis levantar, senti uma dor horrivel que separava meu corpo em duas partes. Conclui alí que sofrera uma fratura na coluna. Dentro de poucos minutos lá estava sendo atendido na emergencia do pronto socorro.
Na manhã de sábado por volta das 08h, acordei sendo transferido para uma enfermaria no piso superior, com uma dor ainda maior que antes. Pois sabia que não se tratava de um simples acidente.
Tres dias depois chega a noticia através do neurocirurgião, Estava paraplégico. Não aceitei a hipótese de nunca mais andar, pois minha fé em Deus jamais me permitiria tal coisa. Embora soubesse do longo caminho, por saber que o milagre, pra acontecer nescssitaria de fé e entrega.
Deus providenciou tudo de maneira perfeita. Minha familia se uniu como nunca antes visto. Meus amigos, colegas de trabalho,  ex-alunos e principamente a Igreja, fizeram presente no hospital todos os dias desde pela manhã até altas horas.
A cada dia que passava, mesmo não vendo o progresso que muitos diziam ser possivel acontecer, não havia lugar em meu coração para tristeza ou depressão.
Começou então as orientações vindas através dos servos de Deus, quanto ao que fazer. Por várias vezes ouvi falar de "entrega", mas não via nada a ser feito, pois não me sentia preso a nada que me acusasse, e simplesmente aguardava a vontade do Pai.
Quando surge a vaga para internação no Sarah kubistchek, na minha ignorancia pensava entrar na cadeira de rodas e sair andando. Acreditava que a medicina  fizesse tal milagre. Como se não bastasse tanta espera, ainda tive que voltar por caua de um erro detectado na posição dos parafusos fixados em minha coluna. Volto ào acre para tal correção que por fim nem foi nescessaria, sendo encaminhado de volta ào Sarah.
Desta vez a internação e com ela a decepção. O sarah, é referencia sulamericana em reabilitação. Porém, reabilitação nada mais é que treinamentos com objetivo de aproveitar o potencial existente no individuo.
Hoje, a ciencia me garante que depois demuito treinamento, poderei andar com o auxilio de bengalas e órteses. No entanto DEUS me garante  capítulo 53 de Isaías, que "...Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu...".
Quanto a lesão medular, a volta a andar, Sei que estão sendo tratadas. O tempo que levará, não sei. Só sei que esperarei no Senhor. Mas meu coração está a cada dia mais sarado. Sinto que estou crescendo a cada dia. Ansiedade, pressa e medo, não fazem parte de mina vida, por crer e ver o milagre acontecendo a minha volta todos os dias.
A provisão de Deus também tem sido outro fator importante a ser destacado. Nada tem me faltado.
Como diz o Profeta Habacuque no capítulo 3 v 17-19: "Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente."
Amem!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Valorização da vida

Não tenho noção do efeito que poderei causar em suas vidas a partir de hoje.
Dani queiroz, minha Amiga e ex-aluna e, Karoline Carvalho, minha amiga e ex-namorada, me incentivaram a criar esse Blog para aqui escrever histórias de pessoas especiais na sua maioria portadoras de Lesão Medular, conhecidas durante o periodo de internação no Sarah Kubistchek, e tambem fora de lá.
O título do texto em destaque, se justifica pela ótica a qual eu valorizava minha saude física, onde o narcizismo era constante em minha auto-avaliação. Envelhecer, engordar e ser sedentario, na minha opinião era baixaestima. Hoje minha maior luta é manter o Espirito Saudavel e contrito, manter o corpo com o minimo de perda de massa muscular possivel, lutar pela sobrevivencia economica (por não ter certeza se serei reformado ou continuarei trabalhando no mesmo ambiente), continuar sendo útil pra Deus e para as pessoas que buscam soluções praticas, onde possa ajuda-las, e por fim VOLTAR ANDAR.

Convido  voce à unir-mos nessa nova caminhada e assim deixar um legado válido de ser lembrado amanhã.

Carinhosamente,

Clau Saar
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appreciation of life
I have no sense of purpose that I may cause in their lives starting today.
Dani queiroz, my Friend and former student, and Karoline Carvalho, my friend and ex-girlfriend encouraged me to create this blog to write stories here for special people mostly living with Spinal Cord Injury, known during the period of stay at SarahKubitschek, and also out of there.
The title of the highlighted text is justified from the perspective which I valued my health physics, where the narcissist was my constant self-evaluation. Getting old, getting fat and being sedentary, in my opinion was low esteem. Today my biggest struggle is to keep the healthy spirit and contrite, keeping the body with minimal loss of muscle mass as possible, fight for economic survival (not sure if I'll keep working or retired in the same environment), to continue being useful to God and for those seeking practical solutions, which can help them, and finally BACK WALK.
I invite you to join hands on this new journey and thus leave a legacy to be remembered valid tomorrow.

Affectionately,


Clau Saar